Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

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Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

sábado, 8 de agosto de 2009

Toco de estimação (Conto)


Tôco de estimação


Era uma vez...Uma senhora de meia idade,d Lia, muito sozinha, pois só tinha um filho e este morava em outro País distante.
Ela tinha vontade de ter um animalzinho de estimação; porém na casa que morava por ser de aluguel e o proprietário não gostava de animais.
Ela ficava vendo pela janela os cães de rua. Havia um cão que chamou-lhe mais atenção .Era um marrom,quase tudo nele era pequeno: as patinhas, o corpinho o rabinho cotó, só as orelhas eram grandes. Era um tronquinho pensava a senhora.
Certo dia ela ouviu a dona do cachorro chamá-lo pelo o nome de “Toco”
e ficou repetindo aquele nome. Quando saia na rua, o chamava, mas Toca nem dava a mínima, nem tchum! Nada de querer fazer amizade.
D Lia nas horas vagas gostava de passear no comércio. Uma bela tarde deparou com uma liquidação numa grande loja de departamento. De repente uma coisa lhe chamou atenção.
Numa cesta gigante tinha dezenas de bichinhos de pelúcias, eram ursinhos, girafas, gatinhos e cachorrinhos todos muito lindos e bem trabalhados. E eis que no meio daqueles todos havia um que a D.Lia bateu os olhos e viu o próprio Toco,idêntico,cor focinho orelhas.Não tinha muito atrativo, mas ela pensou: vou comprar esse cachorrinho e vai se chamar Tôco, já que o outro nem dá a mínima para mim.
Saiu da loja, toda satisfeita, aquela cãozinho tão simples diante dos outros na loja, seria o seu companheiro inseparável. Pensava: esse ninguém me proíbe de ter-lo. Dormia abraçadinha com ele, quando estava triste chorava as mágoas e quando estava alegre, contava os motivos da sua alegria para o Tôco.
Ela quando saía de férias, sempre gostava de viajar e quem ia dentro da mala por mais cheia que estivesse? O Toco!
Toco foi ao Nordeste, interior de Minas Gerais, interior de São Paulo, e até para o exterior, que chique! Pois o filho dessa senhora trabalhava numa companhia aérea e tinha condições de levar a sua mãe noutros Países.
Até ao Japão o Toco foi, em outro lugar mais e especial ainda, que muitas crianças gostam de ir, A Disneylândia, Orlando,Fl. Quem foi lá? O Toco!
Era o mascote da D.Lia e ela andava com ele na mão exibindo aquele cachorrinho tão especial para ela. Aquilo chamou a atenção de algumas crianças. E não é que uma criança cismou que queria um igual?
Dona Lia pensava e apostava que àquela criança era cheia de vontades e já deveria ter de tudo o que era de brinquedos...
Para a surpresa da D. Lia, a mãe da criança veio em direção perguntar onde tinha comprado, ela que sabia muito pouco em inglês, mas o bastante para entender o que ela queria, disse-lhe:_ No Brasil.
A mãe retirou-se com a criança para o alívio da d. Lia.
Alguns anos depois, d.Lia foi morar na sua própria casa e seu filho presenteou-lhe com um lindo cãozinho poodle toy de verdade, todo branquinho fofinho, porém ciumento e possessivo.A d Lia comprou alguns bichinhos de pelúcia para o seu cão,mas ele queria o Toco
Daí começou a ciumeira do cão de verdade com o Toco, o poodle deu uma sacudida feia quase destruiu as orelhinhas dele, mas o língua ele conseguiu arrancá-lhe um pedaço.
Diante dessa situação, a dona Lia , resolveu tomar uma providência,tirar o Toco ,esconder das garras do poodle.
Para D. Lia mesmo com sentimento e aperto no coração teve que deixá-lo de lado. Deu um banho na máquina de lavar que o deixou meio desbotado e colocou numa prateleira, mas nunca o desprezou.
Se o Toco soubesse falar diria: “Puxa, perdi a minha vez”





Autora: Dora Duarte

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