Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A lenda do pinheirinho de natal(origem inglesa)




Num pequeno bosque, próximo a Belém, havia um pinheiro de pequena estatura. Na primavera essa árvore não se cobria de flores, como as outras plantas, pois era uma arvorezinha modesta.
Na noite de Natal ouviu-se uma voz dizendo:
_ Nasceu Jesus em Belém!
Num instante, todos os habitantes do bosque, as árvores, as plantas e os animais de toda espécie resolveram ir a Belém, para ver aquele, de quem se dizia ser o Senhor vindo à Terra.
Porém o pinheirinho, pequenininho, estava preso na terra. Fez muita força, demorou algum tempo, mas conseguiu se libertar.
Todos os habitantes do bosque já iam longe e o pinheirinho, continuou firme o caminho. Estava cansado, pois a distância era grande.
Lá do céu, os anjinhos observavam, a perseverança da pequena árvore, insistindo em chegar à Belém.
Com pena, recolheram no céu muitas estrelinhas e trouxeram para a Terra, colocando-as no pinheirinho. O pinheirinho ficou lindo! Todo iluminado teve ainda mais força para encontrar Jesus.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mensagem de natal




“MEUS QUERIDOS CONVIDADOS,
O ANO ESTÁ NO FIM
MAIS QUE ANO TÃO FELIZ,
NÓS PASSAMOS NO JARDIM...

ACHO QUE VOU ME EMBORA, AGORA,
PARA MINHA FESTA GOZAR
UMA FESTA BEM BONITA
PARA TODOS COMEMORAR.

“ Versinhos declamado pelo meu filho aos 4 anos em dezembro de 1976.”

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vida de cadelinha

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O FANTASMINHA DA CAIXA DE PAPELÃO


Pituxa era uma cadelinha de rua, branquinha de orelhas marrons, pêlo longo,tão miudinha que mais parecia cadela bebê.Apareceu por acaso na rua, ninguém sabia quem a deixou ali. A vizinhança, devido já ter seus cães grandes, não podia adotá-la. Porém ,colaborava e cuidava para nada lhe faltar.


Pituxa tinha casinha de caixote , cobertor para se aquecer no inverno, vasilhas dágua e comida...O pessoal da rua revezava nos cuidados, na alimentação e quando era preciso vacina, alguém a levava no veterinário Só que no primeiro cio, acidentalmente engravidou ,nem deu tempo de castrá-la, pois ela não tinha idade suficiente para isso, foi um sufoco para os vizinhos... Como cuidar de uma nova cria, mais trabalho.

Pituxa era querida, não podia ser deixada de lado, sozinha em “maus lençóis”. Foi amparada por uma família recém-chegada na rua, que se recusava ter animais no seu quintal, por motivo de ter uma menina, a pequena Isadora ,alérgica a pêlo de animais.

Mesmo contra à vontade, aceitou, para alegria da Isadora de seis anos. Sobre a recomendação da mãe, dela não se aproximar muito perto, brincar mais de longe.A menina Isadora brincava de correr, de esconde esconde, queria abraçá-la, sua mãe a tinha proibido.

Nasceram os filhotinhos da Pituxa, eram quatro, dois pretinhos e dois branquinhos, a rua inteira alegrou-se com a vinda dos cachorrinhos, trataram logo de arrumar adoção a eles.
Cresciam saudáveis e brincalhões. Até que um dia, já com o mês de vida, a menina deu falta de um deles, abriu a boca a chorar, fez um escândalo. Ninguém viu, ninguém pegou.
Chega à noite, Isadora tristinha e chorosa, seus pais a consolava e ela nada, lamentava e dizia:

__ Mamãe quem fez essa maldade de raptar um bebê cachorrinho? Nem desmamou direito!
A mãe respondia: __Filha durma, amanhã procuraremos , quem sabe ele não passou por baixo da cerca, durma.

Isadora ficou pensando, virava na sua caminha pra lá e pra cá, quando escutou um barulho no quintal, era noite de lua, ela correu para a janela, jura que viu, uma caixa de papelão andando sozinha, esfregou os olhinhos para ver se não estava sonhando.
Gritou pela mãe, mãe e pai correram, achando que ela tinha dormido e estava tendo um pesadelo.,. Mas não, Isadora estava na janela gritando e apontando para a caixa de papelão:

_Um fantasma! Não tem pé nem cabeça, é um fantasma escondido na caixa de papelão!!!!.

_Que é isso filha, calma! Disse o pai, Eu vou lá ver o que é...
Ficaram mãe e filha na janela esperando o resultado.


E para a surpresa do pai, da mãe e filha na janela, a caixa começou a andar na frente de todos. O pai correu atrás, levantou a caixa e...

Não era que estava embaixo da caixa o cachorrinho preto sumido?
Todos caíram na gargalhada, O danadinho decerto escapou da casinha da sua mãe, foi dar umas voltas, enroscou-se numa pilha de caixa que havia no quintal, caindo debaixo, dormiu e quando sentiu fome, resolveu sair com caixa e tudo.

Não existe outra explicação para este fato curioso...
Logo foram adotados e como havia um de pêlo curto, a família resolveu ficar com ele
Para alegria de Isadora.

Autora: Dora Duarte

sábado, 20 de novembro de 2010

Historinha de amor em quadrinhos










Hoje quero homenagear o meu amado filho RIC...
Achei esta hitorinha o máximo escrita por ele aos 11 anos.
Pretendo colocar no livro(COISAS DE CRIANÇA) que eu irei lançar o ano que vem, se Deus quiser!

domingo, 14 de novembro de 2010

Cantiga de festa




Pra festa que eu vou, você também vai
E vamos levar, mamãe e papai
Tem doce de coco e também salgadinhos
Eu não sou guloso, sou educadinho,
Vou comer de tudo e agradecer
Mamãe disse que eu preciso comer pra crescer!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Carequinha(homenagem)



Criança sapeca
(Carequinha)

Quando eu vejo uma criança bem sapeca
Tenho lembrança que também já fui assim
Por minha causa o papai ficou careca
E a mamãe ficou velha depressa por causa de mim.bis

O papai comprou
Pra mamãe me dar
Um chicote de amargar
Com o tal chicote
Dei tanto pinote
Que aprendi dançar o xote!

**********************

Cantiga de roda



Cantiga de roda

Lá debaixo do laranjal
Encontrei dona Cidora
Apanhando flores brancas...´
Flores brancas pra casar.

Flores brancas é casamento
Dona Cidora ta pra casar.
Dona Cidora deixe disso...
Deixe disso e olhe lá.

Vou pedir ao seu pai ó Cidora
Pra casar com você ó Cidora
Se ele disser que não ó Cidora
Eu morrerei de paixão ó Cidora.

sábado, 23 de outubro de 2010

Menino presente de Deus(Acróstico)


img:google
Menino presente de Deus

Ainda és tão pequenino
Um aninho recém fez...
Graciosamente faz feliz
Uma família de uma só vez.
Serás certamente carinhoso,
Tendo a titia como mestre
Orgulhosa do “Gutinho”formoso..

Riqueza grandiosa dos pais,
Amado sempre serás. Crescerás,
Forte e saudável junto aos seus.
Alegra com muito encanto
Esse teu jeitinho anjo manso
Lindo presente de Deus.

Dora Duarte
(Florianópolis,23/10/2010)

sábado, 16 de outubro de 2010

Xô xô pavão(cantiga de ninar 3 (série:Canções da minha infância)





Xô xô pavão

Xô, xô pavão
Sai de cima do telhado
Deixa nenenzinho dormir
Um soninho sossegado. Bis

Cantiga da minha mãe fazer ninar 2(série Canções da minha infância)


Maria lavava,
José estendia
O Menino chorava
Do frio que fazia

Não chore meu menino,
Não chore meu amor
A faca que corta,
Dá golpe sem dor...

Cantiga de ninar 1( Série: canções da minha infância)


Cantiga de ninar1

Sua majestade o nenê

Silêncio ele está dormindo
Veja como é lindo
Sua majestade o nenê!

Parece com papai?
Com a mamãe também?
Parece com a vovó?
Não, não parece com ninguém! Bis

Ele é ele só...
Sua majestade o nenê.

A casa já tem novo dono
Novo rei no trono
Sua majestade o nenê..

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Homenagem especial




Ás vezes eu fico pensado...Que vocação é essa, que profissão é essa? Que sobrevive a todos os tipos de “marés”? Ora paralisação por salários melhores, já que é tão mal-remunerado, ora por condições de trabalho digno. Por ganhar tão pouco, vive na correria de escola em escola, de sala em sala de aula. E nem assim, deixa de doar tudo o que sabe em prol do aluno, muitas vezes mal-reconhecido e desrespeitado por uma minoria de “pupilos”,nem por isso abre mão em nome da carreira e em nome daqueles que sabem valorizá-lo. Imagine só...Se revertesse a situação, ao invés desse salário absurdo, fosse o salário dos políticos e o dos políticos fosse o salário dos professores, certamente teríamos melhor educação e no poder não teriam tantos “ profissionais gatunos e velhas raposas”.
Ser professor é tornar possível, concretizar o sonho do outro, o estudante.
Esta é a vida do professor, do mestre que tem o dom de ensinar. Sente-se feliz quando percebe que o caminho que ele abriu, tem sido trilhado por muitos.
Muito obrigado pela sua obstinação incontida, pois graça à ela você nunca desiste, portanto é por isso que quero render homenagem hoje e sempre , Você é muito importante e merecedor!

PARABÉNS PELO O SEU DIA PROFESSOR(A)!
Dora Duarte

domingo, 3 de outubro de 2010

Canção do passarinho(série Canções da minha infância)


Canção do passarinho

Debaixo do arvoredo
Onde estava descansando
Botei os olhos pra cima
Vi um passarinho cantando. bis

Passarinho que estás cantando
Que tanto me admirou
Como não pôde falar
Bateu asas e voou. bis

Passarinho que estava cantando
De repente emudeceu
Como não pôde falar...
Bateu asas e morreu.bis

Passarinho se eu pudesse...
Não te enterrava no chão
Eu cavava uma cova,
Dentro do meu coração.bis

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Cravo e a Rosa(letra modificada


O cravo brincou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo lhe deu um beijo
A rosa(ficou) enamorada
(falado)
O cravo ficou doente
A rosa foi visitar
O cravo ficou contente
A rosa poe-se a cantar...

Siriri pra lá, siriri pra cá
O cravo é belo e quer casar
Siriri pra lá siriri pra cá
A rosa é bela e quer casar

Sisiri pra lá, siriri pra cá
O cravo e a rosa vão se casar.Bis

O vendedor mirim



Edgar era um menino muito pobre. Apesar de ser tão pequeno ainda, nove anos
Apenas, ajudava nas despesas de casa, vendendo amendoins, pirulitos, e maçãs do amor, que a sua mãe Julia fazia no final da tarde, pois a mesma
trabalhava, lavando e passando roupas. Não que ela o obrigasse, foi ele mesmo que ofereceu a ajudá-la.


O seu pai Daniel falecera quando o seu irmão caçula ainda estava na barriga da mãe. Eram três filhos: Elisabete, a do meio e o caçula Eder.
Então, nas horas vagas depois que chegava da escola, não tinha muito tempo para brincar, já sentia responsável, pegava o tabuleiro de pirulito e saía vendendo: __ Olha o pirulito quem quer comprar?

Quando havia circo montado nas redondezas do seu bairro, sua mãe
Torrava amendoim e fazia maçãs do amor para ele vender na saída do circo, mas o lucro era pequeno, mesmo assim ele fazia aquilo com satisfação.
No final das vendas a sua mãe lhe dava alguns trocados e o Edgar não pensava duas vezes.colocava num cofrinho que ele tinha de barro no formato de porquinho e escondia debaixo das suas roupas no guarda roupa e pensava ... quem sabe um dia poderei comprar um brinquedo que eu goste, uma bicicleta talvez...


Um dia Edgar estava dormindo, acordou com os soluços da mãe, levantou-se e foi saber o por quê, a encontrou chorando e maldizendo-se da sorte, pois não era assim o que ela queria para os seus filhos, tão pobre que mal podia comprar roupas e calçados “,a maioria ganhava usados”.
O que ganhava dava muito mal para comer e pagar as contas.
Não pagava aluguel, ainda bem, ela agradecia á Deus por ter um barraco dela mesma na favela.

__Pode deixar mamãe...um dia quando eu for grande e poder ganhar melhor
a gente vai viver bem.
Nesse instante, ouviu-se um barulho, músicas num auto falante anunciando:

__Parque de diversões Fantástico! Venham e tragam toda á família!
Temos carrossel, roda gigante, chapéu mexicano, barracas de jogos e muitos prêmios!
Edgar correu para ver de onde vinha aquele carro de som alucinante...
Surpreso viu um clarão muito próximo a sua rua, era o parque de diversões
já montado , iluminado de luzes de várias cores e funcionando.
Animou-se:

__Vou vender maçãs do amor, e amendoim!
No outro dia era sábado, a tarde lá foi ele todo animado assoviando, chegando lá ficou impressionado com tanta beleza e animação, ficou deslumbrado:__Nossa quanta gente, é hoje que vendo todos os meu amendoins e maçãs do amor!
Logo montou um tabuleiro, quando começou a vender, chegou um empregado do parque e falou:__
__Ei moleque você aí, trate de tirar o seu tabuleiro daí, pois é proibido estranho vender qualquer coisa, aqui já têm barracas que vendem de quase tudo!
_desculpe moço, eu não sabia, quem lhe disse isso?
__Foi o dono do Parque...
__ E quem é o dono, posso falar com ele?__Não ele é muito ocupado!
E não pode lhe dá atenção!
Nesse instante chegou o dono.
_Que está acontecendo aqui?


O menino tristonho e cabisbaixo,silenciou. O empregado respondeu-lhe:
__ Sr Jarbas, eu estava acabando de falar para ele, que é proibido
vender coisas aqui, que não pertença ao Parque.
O menino quase chorando pediu-lhe:
__Por favor sr Jarbas deixe-me ficar, eu preciso tanto!


Explicou sua situação, o sr. Jarbas ficou comovido com a sua história e deixou que ele vender-se ali suas deliciosas guloseimas. Ele ficou tão contente, satisfeito e nem sabia ele o que estava pensando o sr Jarbas...
Em deixá-lo montar uma barraca fixa, enquanto estivesse por ali naquele local.

Quando não tinha ninguém comprando, ficava observando os brinquedos, divertia-se somente em olhar e ficava pensando..._Um dia se eu puder...vou fechar esse Parque só pra eu brincar á vontade até enjoar!
Passando algum tempo...
_Sr Jarbas, eu juntei algum dinheiro no meu cofrinho, acho que já tenho o suficiente para dar umas voltinhas nos brinquedos, posso? Mas o sr vai ter que fechar, pois quando estar funcionando, eu estou trabalhando!
__Mas Edgar não faça isso! Guarde o seu dinheiro para outra ocasião, eu deixo você brincar em todos os brinquedos, venha um dia mais cedo, traga os seus irmãozinhos, sua mãe, que eu peço ao pessoal que trabalha aqui para fazer funcionar tudo, especialmente para você!
_Oba! Edgar saiu correndo muito alegre para contar em casa a novidade.
Pois é...O Edgar tinha amolecido profundamente o coração do sr Jarbas, antes tão duro, rude e sovina, até os empregados estranharam a mudança dele.
Num sábado á tarde bem mais cedo do que de costume, lá estava ele com a sua família, todo eufórico...Foi uma alegria geral , o três, não se contentavam com um volta só:
__Outra vez...mais outra. Rodaram em tudo que podia.
Enquanto isso, o Sr Jarbas chamou a mãe deles para uma conversa...
Chegou a hora de acabar com as brincadeiras, nunca aquelas pobres crianças divertiram-se tanto!
Quando foi agradecer ao sr Jarbas...
__Adorei isto, é melhor que circo! Aqui a gente participa e diverte, no circo só diverte!
__Agora Edgar tenho uma surpresa para você! Estive conversando com a sua mãe, daí por você ter me falado a verdade e ser um menino trabalhador e esperto, vou arranjar um emprego para a sua mãe , aqui numa barraca e você apenas ajuda ta? Porque vou apadrinhar, para que você possa estudar muito e no futuro ser um homem capacitado para o trabalho e quem sabe rico não, mas proprietário de um Parque que nem esse!
__Oba! Gritou os três ao mesmo tempo.
_Só que vocês terão que ir onde o Parque de diversão for, vou ter que colocar vocês em escolas diferentes, naquelas que os filhos dos que trabalham viajando por todos os lugares tem o direito de freqüentar! Disse o Edgar:
__Sou muito grato por tudo, que Deus lhe ajude!

Frase



O poeta é que nem criança, quando faz seus "rabiscos",
quer logo mostrar a sua arte.

domingo, 26 de setembro de 2010

O cavalinho de osso e o menino de cera


Esta é a história do menino Josué...
No sertão nordestino, num lugarejo muito pobre, seco, morava um menino chamado Josué de seis anos, sua família era grande: seus pais, cinco irmãs e dois irmãos já adolescentes, porém, não tinha companhia para brincar, brincava sozinho no “terreiro” ,quintal da sua casa, sob á sombra de uma árvore. Seus brinquedos? Um curral feito de gravetos cheios de ossos brancos que ele achou perdido nas imediações, imitando uma boiada.

Certamente, bois mortos de sede pela falta d’água,já desossados pelos urubus. entretanto na sua fantasia infantil, eram bois. No meio daquelas “cabeças ”, uma era especial,um ossinho em forma de cavalinho, era seu cavalinho branco, especial.

Josué, pediu ao seu irmão mais velho para fazer um menino vaqueiro, feito de cera de abelha, que sua mãe costumava guardar para tampar pequenos furos em vasilhas .
Assim seu irmão fez e de quebra também fez para Josué, um carro de bois feito de madeira com rodinhas de tampas de garrafas.
.

A felicidade era tanta do Josué, que ficou rindo à toa. Imitava o berro dos boiadeiros, chamando a boiada ,colocava seu cavalinho a galopar com o menino boiadeiro de cera em cima. E brincava, brincava, até esquecia da hora, escurecia... Até sua mãe gritar:” menino vem comer!”
_ Já vou mamãe!
Depois de jantar, Josué foi dormir... Num sono profundo, sonhou com o seu cavalinho de osso, correndo com o menino de cera , parecia que estava fugindo no meio da caatinga. Josué começou a gritar: “Volte, volte cavalinho!” De repente, um enxame de abelhas atacou o menino de cera, cada uma levando embora um pedacinho dele.
Josué gritou alto: “Nãooooooooooooooo!”

A mãe dele acordou com os gritos: “Que foi meu menino?” Chegou perto dele, o encontrou de olhos apavorados. Ele contou o que estava acontecendo e pediu: __mamãe me leva no terreiro, quero ver se o meu cavalinho e o menino estão lá mamãe!

“ Estão sim, foi só um pesadelo”
__Vamos mamãe!
Ta bom, ainda bem que está uma noite clara de lua.

Saíram e para surpresa maior do menino, não achou os dois brinquedos prediletos, os dois, mãe e filho desesperados procuraram ,reviraram a terra e...
Estavam o cavalinho de osso debaixo da terra e o menino de cera todo amassado, sujinho de areia... Josué os abraçou com lágrimas nos olhos
_mamãe a senhora conserta ele?

__Sim meu filho! Amanhã, agora a gente vai voltar a dormir.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tuim


Tuim meu Tuim ,
Meu periquito "Azuzin"
Tão alegre cantas hoje
Mesmo na gaiola vives assim.

Nasceste em cativeiro,
Nem posso te soltar
Seu solto tu na floresta
Não vais conseguir escapar

Serás de certo comido
Pelo os predadores da floresta
Fica aqui Tuim comigo, fica
Alegra-te, me faz festa.

Prometo em breve arrumar
Uma namorada verde-amarela,
Para contigo juntinho ficar
Fazer estripulia,tu e ela.


Dora Duarte

sábado, 18 de setembro de 2010

Cantiga de ninar Theo


( aos seus 6 anos completado neste mês)


Dorme criança dorme nenê
Viva a infância, que faz tão bem
Dorme pequenino no teu cantinho sagrado!
No colo materno, no leito amado!

Acorda... Chora Baby!
Tua mãe apenas um pouco dorme
Esperando saciar-te
A tua fome,seios cheios, enormes!

Chora pequenino!
O colo teu espera caloroso
Aproveita agora, ainda menino
O conforto do abraço carinhoso.

Agora dorme “ florzinha de cardeiro”*
Com cantigas de ninar
No seu bercinho aconchegante
E com os anjinhos a sonhar!

Em especial para meu sobrinho neto Theo
04/10/04
PS: Ele tinha o cabelinho parecia sim(flor de cacto)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

HOSPITAL DE BRINQUEDOS


(img:google)

Dona Tereza era viúva e morava com sua filha Sara. Quando a filha saia para trabalhar, era avó que cuidava da neta Eduarda, cujo apelido era Duda, Dudinha de 3 aninhos. Era o xodó da avó, rodeada de muito carinho, amor e dedicação , Duda era muito esperta, travessa e linda .Os cuidados? Bom os cuidados eram redobrados, já que a Duda não parava: subia na cadeira para fazer arte, ora se escondia da avó debaixo da cama, atrás da cortina, ora entrava dentro dos armários... Estava sempre aprontando, mas com graça e sorrisos .

A decoração do quarto de pequenucha era um verdadeiro castelo de princesa ,todo rosa e lilás, brinquedos de todos os tipos, bonecas então...Avó já havia comprado uma coleção, por gostar tanto e fazer com que a netinha também gostasse de bonecas, teria que acostumá-la desde cedo. Mas, ao contrário do que avó pensou, Duda arregaçava as bonecas, puxava os cabelos, as pernas, braços e acabava quebrando.
Quando avó via aquilo perguntava:

___Dudinha por que você fez isso?
__Ah vozinha, porque eu quero brincar com ela, mas ela não quer brincar comigo!
__Agora a boneca ta dodói Duda!
__Oh leva no hospital vozinha! Não vou mais machucar a boneca!
_Ta bom Dudinha, eu vou fazê-la voltar o que era antes...

A Duda abriu um sorriso... E foi assim que d. Tereza descobriu o jeito,a habilidade de consertar tudo que a netinha quebrava. Costurava ursinhos de pelúcia, colava cabelos, penteava as bonecas, refazia as tranças, mas fazia com carinho e prazer. Aos poucos, a netinha queria fazer também, imitar avó, é como se tivesse achado uma coleguinha para brincar . Ajudava amarrar as fitas nos cabelos das bonecas

O tempo passou, a Duda cresceu, já adolescente, não queria mais brincar de boneca.
D Tereza não parou, a vizinhança sabendo das habilidades dela, trazia brinquedos para consertar e pagava por isso. Até que um dia, um velho amigo da d Tereza, aconselhou-a montar uma oficina de consertos de brinquedos, ele ajudaria na compra de algumas peças.
E foi assim que D Tereza criou o HOSPITAL DE BRINQUEDOS

Era muita coisa para concertar, como também ela ganhava muitas doações de brinquedos inteiros e quebrados, eram todos bem vindos, contudo, ajudaria na matéria-prima necessária:

D Tereza apesar de tanto trabalho, Não cansava, gostava do que fazia, era gratificante vez em quando a Duda depois da aula, ajudava avó. E foi assim que D Tereza teve uma idéia , de não só consertar brinquedos apenas para os clientes, mas para dar de presente para as crianças de algum orfanato.. Assim completaria a sua felicidade de ver crianças alegres sem se importar se é novo ou não, o importante é ter com que brincar.

Dora Duarte

Sapobão,Sapolindo e a Cigarra encantada


(img:google)
Sapobão , Sapolindo e a cigarra encantada.
Pequena adptação do final da (A cigarra e a formiga)
Era uma vez dois sapos cantores, um afinado e outro desafinado, unidos, mas nem tanto...

“& Sapo cururu na beira do riooooo, quando está cantando maninha é que está com frioooooooo&”

Vez em quando saia uma discursão entre eles....

__Ei sapolindo ver se não desafina tanto!
_Quem eu? Imagina, desafinado é tu!
Êpa, eu não! Canto tão bem que dizem por aí que eu fui um trovador e uma bruxa fez um feitiço e me transformou num sapo...
_Que nada, já ouvi falar de príncipe sapo, mas trovador, essa é novidade.
_ Sabia que a cigarra é uma havaiana cantora? Ela é encantada também, durante á noite de luar ela se transforma numa linda cantora havaiana
_ Quem disse isso?
_Ouvi um zun zun zun na floresta...
_Falar nisso cadê ela, nesse frio coitadinha, deve está toda enrugada por aí.
Vou atrás dela.
_Ei cigarra, por que estas tão tristonha?
_Ai que frio, neste inverno friorento não tenho aonde me agasalhar e o que comer, já bati à porta da casa das formiguinhas, mas elas não me dão abrigo.
_Sério? Saca só, vou bater lá e ter uma conversa com elas.
Toc, toc ,toc
_Quem bate?
_È o Sapobão, quero falar com a chefe da casinha !
_Sou eu mesma, pode falar, não vou aí fora porque está muito frioooooooo!Brrrrrrrrrrrrrrr!
_Então d formiga, sabe, conhece a d cigarra, não é?
_Sim aquela que passa o verão cantando!
_ Ela mesma, ta muito frio, dê abrigo e comida á ela!
_Por que eu iria fazer isto? Quem manda ela passar o verão todo cantando, ao invés de trabalhar e providenciar um cantinho quente para o inverno?

_ Mas d formiga, enquanto todas formigas trabalham, ela canta para alegrar toda a floresta, não é verdade? Além do mais, soube que ela é uma encantada havaiana cantora, quem ficar acordado na noite de luar, poderá vê-la com sua guitarra á tocar.
_ É mesmo?!?!

Chame-a aqui, de hoje em diante vou abrigá-la no quentinho e dar de comer á ela., tens razão, enquanto trabalhamos, ela nos alegra com o seu cantar

Assim aconteceu...
A formiga abrigou a cigarra cantora e os sapos continuaram a entoar um canto, ou desentoar?

E numa noite de luar, quem ouviu cantar?...& “Debaixo do arvoredo/ onde eu estava
descansando/ botei os olhos pra cima/ vi um passarinho cantando/ Passarinho que estás cantando/ que tanto me admirou/ como não pôde falar/ bateu asa e voou!”


Dora Duarte

domingo, 15 de agosto de 2010

MEU ETERNO MENINO DE ASAS


Voa meu menino nesse vai e vem,
Das muitas idas e vindas
Num céu azul ou cinza, em todo espaço...
Lugares distantes, mundos diferentes do teu rincão.
Voa, com asas emprestadas,
Dentro de um pássaro prateado
Imitaste os passarinhos,
Aprendeste que voar é bom!
Embora os perigos te rondam...aprendeste
Que navegar é preciso, voar é preciso!


Voa, voa meu menino grande,
Tenha a idade que for.
Serás o meu eterno menino voador.
Vestido de azul-marinho
Serás um soldadinho de chumbo?
Garboso, de sorriso estampado...Cartão- postal.
És o meu menino, pequeno príncipe!
De brinquedos playmobil largado,
Na infância deixada para trás

Voa que esse enorme mundo também é teu!
Voa alto nas asas do teu sonho realizado
Meu menino grande ... menino alado.

terça-feira, 20 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nasce uma princesinha



Menina princesa, de castanhos olhinhos...
Amada desde fecunda semente,
Regada com todo carinho,
Involucrada pela barriga materna,
Aninhada no quentinho.

Alice serás amada por todos,
Lindos presentes ganharás
Infância feliz tu terás
Carinhos e afetos de sobra
És tu pequenina dos pais.

Dora Duarte (06/07/2010)

domingo, 23 de maio de 2010

Cadê o meu menino crescido?

                            Cadê o meu menino crescido?


Meu “guri” meu moleque daqui?

Aonde ele se escondeu?

Veja só... No meio do alvor distante,

Literalmente enterrado numa branca neve fria,

Por trás da porta da sua moradia

Sem ver o mundo, dormindo talvez...

E eu nessa agonia, sem ele, sem poder lhe agasalhar,

Num abraço quente, ardente do verão.

Traje contrastado, ele gorro, casaco e luvas...

Eu descalço, roupa decotada, corpo suado,

Sem saber por onde, ou quando?

Matar esta saudade que é sua, que é minha

Que é nossa..Nem que fosse um pouquinho.





Dora Duarte

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Aventura dos três porquinhos(adptação Dora Duarte)


A Aventura dos três porquinhos.
( historinha para teatrinho de fantoches)

Depois que os porquinhos se instalaram na casinha segura do irmão
lá na floresta Amazônica....
O lobo foi embora chateado e com raiva de não ter pegado nenhum
porquinho...

Daí, com o passar do tempo, o homem foi desmatando a floresta,
os porquinhos sentiram saudade do verde e foram acampar...

De longe avistaram o esconderijo do lobo mau. O lobo querendo
fazer as pazes com os porquinhos, convidou-lhes para brincar dizendo:

Ei porquinhos vamos ser amigos, vamos brincar? Eu nem gosto de
nenhuma carne mais, principalmente a sua. Agora sou vegetariano!

_Será? Disse os porquinhos
Sim claro, vamos brincar de esconde esconde, ok?
_ Ta bom então, tu entras na tua toca e a gente se esconde, aliás,
passeia passeia, enquanto você se arruma,veste uma roupa descente,
daí a gente se esconde até você nos achar...

_fechado! Disse o lobo

O lobo...he he he é agora que eu vou me esbaldar ,comer esses
porquinhos idiotas
Todo lobo é bobo, não sabia que havia ali em cima de uma árvore
um tucano escutando tudo, logo, o tucano tratou de ir avisar os porquinhos
para contar a eles as intenções do lobo mau.

Voz do tucano de taquara rachada:
_Ei porquinhos advinha quem quer comer vocês novamente?

_ah advinho sim, é o lobo, ele se fez de vegetariano para nos pegar,
mas não pega mesmo! Primeiro vamos brincar, depois daremos o troco,
você nos ajuda tucano?
O tucano: - ah sim com certeza, dou-lhe uma bicada no seu bumbum
que nunca mais ele vai se assentar!

Os porquinhos que não eram nada besta ficou com uma pé atrás e outra na frente...
Começaram a cantar:

& -Vamos passear no bosque enquanto o seu lobo vem, Bis
_Ta pronto seu lobo?(repete por 6 vezes)

O lobo responde: Não to me espreguiçando!

Porquinhos:& _ Vamos passear no bosque... ta pronto seu lobo?

_Não,to trocando de roupa
_Não,to escovando os dentes
_ Não , to calçando o chinelão...he he he he é agora, vou almoçar
esses porquinhos

_ Não, penteando os pêlos!!!!
Não!_ Já estou saindo da toca.. cantando baixinho & Eu sou o lobo mau,
lobo mau, lobo mau, vou pegar os porquinhos pra fazer mingau, pegar os
porquinhos, pegar os porquinhos, pegar os porquinhos pra fazer mingau..
hehe he é agoraaaaaaaa ou nuncaaaaaaaaaa!

Os porquinhos correram para barraca deles, o tucano também esperando
o lobo mau na entrada da barraca, quando o lobo chegou e fez bico para
assoprar a barraca, o tucano saiu, deu-lhe umas bicadas no focinho,
no bum bum , foi aquela gritaria, o lobo correndo, os porquinhos e o
tucano rindo de tudo . Comemoraram a fuga do lobo...Cantando:

& O lobo mau já correu agora está tudo em festa, posso caçar
borboletas, posso brincar na floresta, bis.

Dizem os caçadores que até hoje ele está correndo para longe...


Fim

Adptado e reescrito por Dora Duarte, inspirado na história dos três
porquinhos de Walt Disney. (Detalhe( as músicas são do folclore brasileiro)
20/04/2010

domingo, 7 de março de 2010

Os meninos travessos

Meninos travessos que brincavam de pega-pega
Diante do cruzeiro, pinduravam-se na cruz,
Fazendo balanço do símbolo sagrado
Onde um dia foi pregado Jesus
Gritavam, riam, sem se importar ...
Preguei uma peça, dei-lhes um susto,
Brinquei...
Disse-lhe...Descem meninos!
Se não arranjo três pregos
Prego um na cruz como se fosse Jesus!
Debandararam-se para todos os lados
Cadê os meninos travessos?

Dora Duarte

Conto de páscoa



Conto de Páscoa ( O “roubo”dos ovinhos)
Autora: Dora Duarte
Numa cidade pacata, numa rua pequenina,
brincavam crianças de cantiga de roda, como nos velhos tempos dos seus pais
Era época de páscoa, toda família daquela cidade comemorava.
Considerada a maior festa cristã por todos dali.
Como em muitos lugares, era tradição deles,
após a cerimônia religiosa,
quando voltava da igreja, a criançada
invadia seus quintais, procurando seus devidos ovos de páscoa
.ou decorados, pintados, de pata, ou galinha ou de chocolates,
que um coelho “carteiro” deixava em cada casa.
Para surpresa geral....Cadê os ovos!!!!!
Foi aquele alarido, criança corria de um lado para outro,
perguntava as outras crianças da vizinhança,
ninguém sabia, ninguém viu .
Os pais abismados questionavam :_E agora?
Vamos ajuda-los a achar esses ovos de páscoa! Um por todos e todos por um!
Não existiam quintais cercados, eram divididos com plantas e árvores.
E corre daqui, vira moita, tropeça em brinquedos largados no quintal.
Um pai grita: __Vou pegar a minha lupa, vou investigar esse desaparecimento!

A criançada...EBAAAAAAAAA!!!!

E...foi assim...
O pai “investigador” seguiu umas pegadas.._Vejam isto, corram aqui!
Juntou-se toda a criançada e seus pais, caíram na gargalhada...
Não é que a mamãe coelha era a portadora da entrega dos ovinhos. Havia dado a luz a um monte de coelhinhos sapecas ,bebês ainda ,estava ensinando eles a carregarem a cestinhas com os ovos na boca,para a criançada.Eram tantos ovos de todas as cores e tamanhos, que os bichinhos não davam conta, chamaram a mamãe galinha e a mamãe pata.
Nem assim.
Colocaram o restante numa cama de capim verde, certamente para depois buscar.

Daí, a alegria foi geral combinaram fazer um almoço comunitário,
nem a bicharada ficou de fora.
...E todos ovinhos foram entregues à criançada.

FELIZ PÁSCOA!

A rosa assustada


                                                      A rosa assustada



Àquela casa estava à venda,. A antiga dona ficou aflita, porque iria mudar para outro estado, e não havia como salvar as suas plantas preferidas. Principalmente uma velha roseira de mais de 20 anos plantada no jardim da casa.




 Foi uma muda aparentemente comum comprada na feira,era somente para enfeitar o jardim.Foi plantada bem no meio do canteiro, bem adubada, bem regada e abençoada pela dona com um pedido de intercessão de Santa Rita de Cássia, batizou-a com o nome de “Teca”, o pedido foi assim “Santa Rita, abençoe Teca, para ela crescer viçosa e perfumada, que nunca seja atacada por nenhum inseto. Amém.”.




Durante anos, a roseira produziu muitas rosas cor de rosas, tão perfumadas que, quem passasse no portão há cinco metros, sentia o cheiro dela e que aroma inconfundível! Por muitas vezes cobiçada da vizinhança, mas ninguém poderia roubá-la por ficar tão afastada do portão..




Mas agora...a sua dona teria que dar adeus, pois a mudança iria de transportadora, só depois de uma semana, A ‘miudeza” seria transportada de carro. Os objetos de primeira necessidade.




Toda roupa de casa, tv, computador, ventilador... Também os cachorros, peixinhos de aquário e por aí vai.Como poderia ir uma muda de roseira espinhosa? Mesmo assim ela, a dona, fez a viagem de oito horas, pensando com muita tristeza, como fazer para pegar depois a muda, antes da demolição, Sim porque os novos proprietários comprou a casa mais pelo o local, para construir uma belíssima casa, aquela era velha.



Passou alguns meses, a senhora dona da roseira, recebeu a notícia que logo começaria a demolição. Mas que depressa ela deu um jeito e voltou para visitar os familiares e também para levar as mudas, ainda recebeu de presente de uma vizinha, mais mudas de roseira branca.


Voltou, replantou e nada da roseira cor de rosa brotar, as outras brancas brotaram,.
A dona entristeceu fez de tudo e nada!


Só que a sua irmã estava indo a passeio na sua casa, ele pediu encarecidamente, para trazer mais mudas; Com sorte conseguiu, que a irmã trouxesse. Como por um milagre , de três, somente uma brotou. A dona emocionada a elogiou como se nascesse um bebê. Cuidou com carinho,



Numa certa manhã....Surpresa, a rosa acanhada desabrochou, renascera novamente, mais bonita e vigorosa! Parecia muito assustada com algumas formigas, borboletas e abelhas em sua volta e com o sol brilhando.


Também pudera! Veio duma cidade muito poluída, sem nenhum bicho em volta da sua mãe roseira com tanta proteção química, em volta do seu galho que havia um dia desabrochada e perdera as pétalas ...


E o sol então, sorria à ela e como por encanto surgiu uma voz poderosa partindo do alto:


 _Não  tenha  medo, tudo em volta de você, estão desejando-lhe as boas –vindas,nenhuma delas se atreverá molesta-la, estão deleitando-se com o seu perfume e eu a protegerei com os meus raios, e com o auxilio dos meus amigos, vento, ar; sombra, noite, dia e a maior de todas, a chuva!



...E a rosa Teca sorriu, cresceu, virou roseira mamãe!


     Dora Duarte

Os primos cara


Os primos caras(conto infantil)

O Cadú com 8 anos, o Caio preste à completar a mesma idade, alguns meses mais novo. Eram primos inseparáveis, brincavam,ainda estudavam na mesma escola. Era impossível de imaginar, um sem a companhia do outro. Raras eram s vezes que se separavam, já que moravam parede com parede em casas germinadas.

Brincavam, corriam, faziam juntos as tarefas escolares , vez em quando, um ia almoçar ou lanchar na casa do outro.e vice versa.. Porém, apesar dessa união toda, vez ou outra, brigavam, as vezes por motivos bobos, como por exemplo, futebol:


__Meu boné é mais bonito que o teu!
_Que nada cara o meu é que é, do timão!

__Que timão que nada! O meu é do time da minha paixão!
__ E daí? Grande coisa!

Esse tira-teima todo, era por causa dos dois torcerem por times diferentes, era o que os dois não tinham em comum.Por isso, quando um dos times favoritos dos torcedores mirins, ganhava ou perdia, um deles debochava do outro, certamente saia uma encrenca, mas logo passava.

Certo dia, resolveram aventurar-se, pregaram uma peça nas mães, quase mataram as duas do coração. Sumiram sem deixar rastros para as mães. Elas confiantes que, um estaria lanchando na casa do outro, nem deram falta do sumiço.

Lá pelas tantas, já o sol dando tchau à tarde para se esconder. A mãe do Cadú o chamou pelo muro, pois estava na hora do banho. A irmã, mãe do Caio, respondeu que nem o Cadú nem o Caio estavam, achou que os primos estavam na casa do Cadú, para o desespero das duas.

Saíram desesperadas á procurar os dois...Perguntaram aos vizinhos, ninguém sabia e ninguém viu, exceto uma velhinha que pedia esmola naquele momento em uma das casas vizinhas, disse-lhe:
__Acho que eu vi dois meninos, cruzei com eles lá na ponte,olhei pra trás, porque eles riam e falavam alto, achei que era de mim que riam, mas isso faz um tempão, pegaram um caminho e ganharam o mato.


_ Ai meu Deus!!! Exclamou as duas mães ao mesmo tempo...

Enquanto isso em algum lugar no mato...
Depois de tomarem um susto com um escorpião com as antenas e patas armadas para atacá-los, Correram assustados e o Caio reclamando, disse:
__Cadú?
__Oi Caio!
__ Você não acha que a gente foi longe demais, você sabe voltar?
Não esquenta Caio, acho que sei. __Acho não é resposta correta, tô com medo.
__Ei larga de ser medroso!
__Não entendi porque a gente veio nesse lugar...
__Ora bolas, só pra sentir a sensação de perdido., uma aventura não é?
__Mas, nossa mãe vai botar a gente de castigo!
__Viu o que achei?
__ O que?
__Uns tomates de bolinha!!!
__E daí?
__Daí Caio é que quando eu chegar em casa, vou dar eles pra minha mãe , ela vai ficar contente e não vai me botar de castigo.

__Será? Tomara!, E eu que não estou levando tomate nenhum?
__Caio se liga, eu reparto os tomates, se houver dez, vou te dar cinco, ok?
__Ok,agora vamos Cadú, já está escurecendo...O Caio já franzindo a testa, pendurando o beiço para chorar, Cadú nem um pouco preocupado.

Depois de dar um trabalho para achar o caminho de volta..
..Finalmente viram ao longe as mães descabeladas a procura dos dois, já haviam perguntado às pessoas da redondeza, essas, respondiam negativamente..

__Mãe olha o que eu achei, tome é pra senhora esses tomates de bolinhas, disse o Cadú.
A mãe emocionada com o seu jeitinho carinhoso de oferecer, mas ao mesmo tempo brava, por ele ter feito isso, pegou os tomates, mas mesmo assim Cadú não ficou ileso do castigo, três dias sem assistir TV, além do mais, uns puxões de orelhas.
Quanto ao Caio, sua mãe deu muitas broncas, mesmo ele tentando explicar que a idéia foi do Cadú, não houve argumento, mais três dias de castigo, sem assistir TV. Depois das tarefas escolares obrigatórias, das brincadeiras, eram o que os dois mais gostavam eram de assistir TV.Os dois cabisbaixo, recolheram-se mudos na frente e suas mães atrás falando ainda, cada um para a sua casa.


Autora: Dora Duarte
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