Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Meu caderno saudoso




Meu caderno saudoso
Que outrora escrevi
Juntar as silabas, soletrar
Foi assim que aprendi
As primeiras palavras
E nunca mais esqueci.

Apaixonar-me pelas letras
Nem eu mesma sabia
Que por acaso um dia
Minhas ferramentas seriam.

Dora Duarte

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Revirando a memória

Revirando a memória
Revejo a minha escola
Onde um dia estudei
Meu último livro novo
Que dar escola ganhei
Lembro ainda seu cheiro
Foi ele que mais gostei

Hoje já velho e amarelinho,
Não cheira mais como antes
Mas o guardo com carinho
Num cantinho da estante.

Dora
Duarte

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Boi de mamão(tradicional folclore de Florianópolis




Boi de mamão ( quadrinhas)

Olha o boi de mamão
Sobe e desce até o chão
Baila pra cá, baila pra lá,
Rodopia no meio do salão.

Urubu quer bicar o boi
Mas ele não ta morto não
Não é para seu bico
O boi é para animação.


Cabra, macaco e urso,
Brinca, rola pelo chão,
Bernûncia e a filhote
Com crianças no salão.



Roda ,roda Maricota
Rodopia sem parar
Peão e cavalinho pulam
Pra o boi de mamão laçar.


Dora Duarte

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O SABIÁ FUJÃO



Era uma vez uma menina que se chamava Aninha, adorava passar as férias com os avós no sítio.Era muito sapeca e inteligente, enchia os avós de alegria, pois sempre queria aprender de tudo.

Apesar dos seus avós já de idade avançada, levavam uma vida ativa. Sua avó fazia muitas receitas gostosas, bolos, biscoitos, pãezinhos de queijo, broas e uns docinhos sem igual que ela gostava de comer...hummmm! Por outro lado , o seu avô cuidava da horta e dos animais domésticos.

Só uma coisa deixava a Aninha triste e pensativa, por que o seu avô colecionava gaiolas? Eram gaiolas com muitos passarinhos, todas ás manhãs, ela observava ele cuidando e limpando com carinho das gaiolas e perguntava:

__vovô eu costumo ver muitos pássaros livres voando no céu ,nas árvores, por todo o lugar. Por que esses aí vivem presos?

__Ah Aninha. Esses aqui nasceram em cativeiros não podem ser soltos... Ela ficou pensando naquela resposta.

Seu avô mostrou uma curiosidade para ela, um sabiá laranjeira, contou que ele um dia fugiu quando por descuido foi limpar a gaiola, por sorte ele o tinha conseguido captura-lo quando arrumou uma armadilha no açaprão(pequena gaiolinha adjunta a grande para pegar passarinho), mesmo assim cantando ele retornou.

Nesse instante um conhecido do seu avô o chamou, ele deixou a gaiola do sabiá, em cima de um banco e pediu para Aninha olhar. Ela muito curiosa ficou observando, percebeu que o sabiá bicava as varetas das quais eram feita a gaiola e estava formando uma pequena fresta, ela pensou rápido...
_Vou ajudá-lo, quem sabe ele está querendo ir para a cidade dele chamada “Cativeiros”!? É tão bonitinho ,canta tão bem! Não deu outra, ajudou-o a fugir, mas logo em seguida se arrependeu. Pausa.


Vamos ajudar a menina a recuperar o sabiá? Todos cantando:


& SABIÁ LÁ NA GAIOLA FEZ UM BURAQUINHO,VOÔU,VÔOU,VÔOU,VÔOU...E A MENINA QUE GOSTAVA TANTO DO BICHINHO....CHOROU...CHOROU...CHOROU! BIS
SABIÁ FUGIU DO TERREIRO, FOI CANTAR LÁ NO ABACATEIRO E A MENINA POIS- SE Á CHORAR VEM CÁ SABIÁ VEM CÁ! BIS

A MENINA DISSE CHORANDO SABIÁ ESTOU TE ESPERANDO.

SABIÁ NÃO FUJA VEM CÁ, VEM CÁ SABIÁ VEM CÁ.BIS

O avô vendo a menina chorando, acalentou-a no colo...

_vovô eu soltei o sabiá, para ele ir para a cidade Cativeiros onde ele nasceu, mas está ali cantando no abacateiro, juro eu me arrependi!
__mas Aninha, meu amor! Eu não expliquei direito, cativeiro é quando os bichinhos nascem presos nas gaiolas. Tem um casal que cruza daí nasce o filhinho, acostumam-se alí e ficam indefesos, se forem soltos acabam sendo presa fácil de bichos maiores, entendeu?

__Acho que sim! Respondeu Aninha.
Então vamos cantar fazer o sabiá voltar...

& SABIÁ LÁ NA GAIOLA...

E não é que o sabiá fujão voltou? Talvez por ouvir uma canção tão bonita! Ele quis apenas experimentar á liberdade, mas não era bobo, ali na gaiola estava seguro protegido do gavião que havia acabado de passar voando pela a redondeza.

A menina enfim, abraçou seu avô aliviada e feliz.

FIM
(adptação de uma historinha à cantiga do sabiá)


Dora Duarte

Florianópolis,24/01/2006

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Prece Infantil




MEU AMIGO JESUS;
EU SEI QUE OS MEUS PECADOS SÃO FALTAS LEVES,
MESMO ASSIM PEÇO DESCULPAS POR TER TE MAGOADO
DÊ-ME O TEU PERDÃO, FAZEI COM QUE EU NÃO CAIA NOVAMENTE EM TENTAÇÃO.
MEU AMIGO JESUS, PERDOA AS FALTAS DO PAPAI E DA MAMÃE, COMO TAMBÉM DOS MEUS AMIGUINHOS.
FAZEI COM QUE EU CONVIVA COM ELES NA AMIZADE FRATERNAL
MEU AMIGO JESUS, PROTEGEI-ME EM CASA E NA RUA,
VELAI O MEU SONO QUANDO DURMO,FAÇA-ME PURO DE CORAÇÃO.
MANDAI TEU ESPÍRITO SANTO Á ME DISPERTAR
QUANDO A PREGUIÇA ME ATACAR,
AFASTAI O MEU EGOÍSMO,
QUANDO NÃO DIVIDO O QUE EU TENHO,
OS MEUS BRINQUEDOS, AS MINHAS ROUPAS,
COM OS MAIS POBRES.
MEU AMIGO JESUS...
ENSINA-ME CADA VEZ MAIS AMAR O MEU PRÓXIMO,
QUERO SER UMA CRIANÇA BOAZINHA,
RESPEITAR TUDO O QUE CONTÉM NA NATUREZA,
SER OBEDIENTE AOS MEUS PAIS,
AJUDAR NAS TAREFAS DE CASA.
OBRIGADO MEU AMIGO JESUS POR TUA PROTEÇÃO... AMÉM

DORA DUARTE

A cadelinha sem noção




A Fadinha é uma cadelinha vira lata que eu tenho há quase três anos, adotei ela com quarenta dias. Ela parece uma colie em miniatura, tipo Lassie, peluda, mesclada de marrrom e branco, bem baixinha, mas muito esperta, fujona, adora fugir para se encontrar com a “gang” dela, sim uma gang. Do jeito que existe nos humanos, os cachorros de rua também forma-se em grupo, para vadiar na rua. Corre rua acima, rua abaixo, mexendo com quem ta preso no quintal, atrás do muro, destruindo sacolas de lixo, principalmente á noite.

Pensam que não a prendo ? Nem adianta, os “amiguinhos” da rua vem, força o portão, ajudam ela fugir e vão gandaiar. O pior é que os cães que estão presos arrumam um fuzuê que só vendo.

Certo dia, precisei passar uma semana fora de casa, deixei uma chave com a minha vizinha como de costume; sempre que eu preciso, ela toma conta da casa coloca ração para Fadinha e paiço para o meu periquitoTuim.

Fui e deixei um telefone para contato, caso houvesse uma emergência, nunca foi preciso ela ligar, mas desta vez...Ela narrou—me pelo telefone que desde o dia que viajei, não viu mais a Fadinha. Abriu a casa para arejar, colocou comida para o Tuim, ração para ela... No dia seguinte, o comedouro e bebedouro cheio e nada da Fadinha dar as caras. Foi na rua, olhou e nada da Fadinha!

Isto passou, segunda, terça e foi na quarta-feira que ela ouviu um ruído, um pequeno barulho no meu quarto, deixei ele fechado e levei a chave comigo. Fiquei desesperada, já pensei no pior: ela destruir tudo, minhas bonecas de estimação, mantas, cobertores, ter feito suas necessidades fisiológicas, o quarto estar num fedor só...Jamais poderia imaginar que ela havia se escondido debaixo da cama.

A sorte que eu tinha uma cópia da chave guardada, nem lembrava aonde, a minha vizinha foi quem procurou. Quando abriu, A Fadinha saiu que nem um foguete, foi comer primeiro? Não! Correu para o quintal, fez xixi e cocô a vontade por todo canto , depois lambeu os pés da vizinha como que agradecida, daí é que foi comer e beber água.

E o quarto como estava? Impecável!
Quando eu voltei de viagem, foi que olhei bem, por baixo da minha cama, achei uma bonequinha preta de pano e um macaquinho de pelúcia lilás, Certamente foi para lhe fazer companhia, ou carência?

Ela pegou essa mania de se esconder debaixo da minha cama, com medo de fogos e trovões, mas sempre eu tocando ela de lá. De uma coisa tenho certeza, acho que a lição lhe serviu, de lá pra cá, não entrou mais no meu quarto.

Dora Duarte
Copyright © 2011 COISAS DE CRIANÇA.
Template customizado por Meri Pellens. Tecnologia do Blogger