Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A princesa e a porquinha cor-de-rosa



Era uma vez... Numa Vila de casinhas quase todas iguais, morava ali um jovem casal; a mulher sonhava ter uma filha e criar como uma princesa, mesmo que não fosse filha de rainha nem rei. A jovem senhora adorava a cor rosa e desejava que tudo da filha ,fosse a cor-de rosa.Para o marido o que viesse estava satisfeito.
Planejou a vinda da pequena criaturinha, e se viesse um menino? Tudo bem, mas o seu desejo, ela acreditava seria cumprido. Engravidou, logo em poucos meses ficou sabendo que viria uma menina. Começou os preparativos, quartinho todo decorado de cor rosa: Cortinas? Rosa, paredes? Rosa, enfeites? Cor-de-rosa apenas mudavam os tons. Até a casa pediu ao marido para pintá-la de? Rosa bem clarinho.

A vizinhança, ora criticava, ora elogiava o exagero de tanta cor rosa. Mas não é que a maioria teve a feliz idéia também!
Pintaram as casas, mas de cores diferentes. A rua ficou linda toda multicor. Todos os moradores pareciam recepcionar á chegada daquele bebê.

Passado alguns meses, finalmente nasceu uma linda menina que recebeu o nome de” Cynthia- Rose” .Que significa “Rosa Brilhante” A mãe e os demais passaram á chamá-la carinhosamente de pequenina princesa e a menina foi crescendo cheia de mimos, muito afeto e atenção. A mãe comprava lindos vestidos, laços, enfeites para seus cabelos castanhos cacheados, tênis e até os brinquedos tudo cor de rosa. No jardim da casa, a mãe plantou um canteiro de rosas também da mesma cor, era fascinante, só contrastava com o verde das folhas e da grama.
Com o tempo, a princesinha Cynthia Rose já com seus cinco aninhos, foi sentindo a necessidade, de ter uma companhia, claro tinha os amiguinhos da rua, mas ela queria um bichinho de estimação.

Foram os três a passeio ao Sítio dos seus avós, lá chegando foram recebidos com muita alegria, agora mais ainda pois os avós não a conheciam ainda netinha. Seu avô criava patos, galinhas, porcos e até uma vaquinha de leite, mas, o que mais chamou atenção da menina foi, os filhotes de uma porca gigante que tinha acabado de dá cria. Ela ficou encantada, deslumbrada, achou lindos e rosa como a cor que acostumara desde pequenina a enxergar em sua volta. Tratou logo primeiro de pedir ao seu avô, mas esse lhe disse que dependia dos pais dela deixar, mas que depressa ela correu eufórica falando alto:
-papai, mamãe quero levar uma porquinha para mim!
-mas minha filha, como é que vamos criar uma porca na Vila? Cidade grande é diferente, não podemos ter chiqueiro e também dá mal-cheiro...
-Mas minha mãe, eu não vou criar a porquinha num chiqueiro e sim em um cercadinho dentro de casa, daí vez em quando eu levo ela no quintal para ela fazer o que bem quiser.
- Querida, Porco não se cria dentro de casa, você não prefere um cãozinho, ou mesmo um gatinho mimoso?
-Mamãe, eu mesmo cuido, gosto de outros animais, mas prefiro a porquinha!
-Tudo bem , vou combinar com o seu pai. Para á alegria da menina, o pai concordou e foram eles de regresso á cidade.

A porquinha chiando dentro de uma cesta de palha e a Cynthia Rose conversando como se ela entendesse, mandando-a calar boca.
E assim chegando em casa pediu para o pai fazer um cercadinho para colocá-la. E disse: -voudar um nome á ela Rosalinda, vou dar banho todos os dias para ela ficar bem limpinha e cheirosa, vou escovar os seus dentinhos, suas patinhas e colocar um laço de fita no seu pescoço. Os pais riram daquela conversa da filha.

Logo a porquinha Rosalinda estava mal-acostumada com tanta dedicação, mas o extinto animal falava mais alto, já andava por todo o quintal. Quando chovia ela emporcalhava-se toda, mas que depressa a pequena princesa lá ia dar banho novamente, nova escovação e com isto mais trabalho .
Passaram-se os meses a Rosalinda cresceu e começou as dificuldades de mantê-la limpa, além do mais tinha engordado tanto de tal maneira que dificultava de ser bem cuidada. Sendo assim, seus pais convenceu a menina que tinha que levar a porquinha de volta para o sítio. Cynthia Rose tristonha entendeu que cada bichinho tem o seu lugar adequado
Voltando para casa...
-Filhinha, não fique assim, peça outro bichinho que arranjamos para você!
-Tá bem, então vou pensar...E foi pensando, pensando...
-Ah quero um bichinho mais companheiro. Sim uma gatinha, ela não gosta de banho, mas faz sua higiene com a língua e está sempre limpinha , vou colocar um laço cor rosa e vou colocar o nome de Rosita.
E assim, ela com os olhinhos marejados de lágrimas de saudade da Rosalinda que tinha ficado para trás, ia fazendo outros planos com a nova companheira que iria ganhar.


Fim.

* nota: contar para as crianças, pedindo para elas contarem e repetirem a palavra “Rosa” total da palavra “rosa” :10

domingo, 17 de abril de 2011

Menino pobre



Era muito pobre o menino,
Nenhum brinquedo tinha,
Mas brincava satisfeito,
Com um carrinho feito
De uma lata de sardinha.

Um dia o menino sonhou,
Que seu sonho buzinou,
Era a sua paixão nata,
Ganhar um ônibus de lata.

Já tinha o visto na estrada
Um de verdade rodando
No meio da poeirada
Ele ficava acordado sonhando.

Seu tio tinha ido para o sul,
Um dia quando retornou,
Trouxe o tal ônibus de presente,
Para o sobrinho sonhador,
Com o rosto sorridente
O menino alegre ficou..

Criou sua própria estrada,
Nem crescido deixou de brincar
Com o tempo o ônibus enferrujou,
Nem assim o abandonou,
Numa prateleira do seu quarto está.

Dora Duarte
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