Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

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Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Gatinho lá de cima





Era uma vez uma gata Arisca que deu cria de seis gatinhos debaixo do chalé onde morava dona Flor. Era uma chalé de madeira bem simples, embaixo tinha um porão, onde a gata Arisca achou abrigo, para amamentar e criar seus filhotes.

Um deles destacava-se dos demais.Era o mais esperto, mamava e já iniciou cedo as suas travessuras. Hora subia num galho de árvore e não sabia descer, começou a miar para a mamãe gata tirá-lo de lá de cima...Lá se vai mamãe gata tirá-lo do sufoco.

Outra hora , mais afoito ,subia no galho mais alto para alcançar o telhado e achava logo uma brecha para entrar no forro da casa.De certo queria aprender cedo a caçar qualquer coisa, mas daí, não sabia retornar,começava a miar”mio, mio, mio!”


D. Flor, já não aguentava áquela tormenta diária, de ouvir tanto miados e nem podia fazer nada, já que a gata Arisca, quando alguém se aproximava, ela pegava um por um na boca e mudava de lugar.


Assim passaram-se os dias, os miados diminuiram e a quantidade de gatinhos também. D Flor só via um, aquele mais sapeca, pensou: “Será que os outros morreram de frio, ou fome?”

Um belo dia de sol, ela avistou uma cena que a comoveu, O gatinho já crescido, miava em cima do telhado , um miado carente. Nisso apareceu mamãe gata Arisca, novamente barriguda, mesmo assim foi laber o seu filhote, com um carinho o abraçou, aconchegou-o num gesto bonito.


Numa noite frienta e chuvosa, esse gatinho deu um trabalho para d Flor...Ele entrou no forro exatamente as seis horas da tarde, na hora que d Flor costumava tomar o seu café ,A mamãe gata não apareceu,deveria estar cuidando da sua nova ninhada . D Flor ouviu longe o miado, depois mais perto, foi certificar se era realmente o gatinho no seu teto, já que o barulho dos relâmpagos e trovões não deixavam ela escutar direito.

 Foi quando o barulho silenciou, a chuva deu uma trégua, ela escutou o desespero do gatinho tentando saír do forro, miava, miava sem parar. As horas se passsaram, nem dormia d Flor, nem o gatinho que naquela altura já estava com o miado rouco.


Ela pensava numa solução, o que fazer? Por um momento não ouviu mais miado, pensou: “Ou ele morreu, ou dormiu! Tomara que ele tenha dormido”.


Quando ela começou a cochilar, já era madrugada, pegou no sono.. Já estava o dia clareando era umas cinco da matina, começou o miado novamente.Ela foi no fundo do quintal, pegou uma escada, colocou bem na entrada de uma parte do forro falso, que dava acesso para o telhado e começou a chamá-lo:


_ venha cá gatinho, venha bebê venha! E ele” mio, mio, mio” vindo na direção dela. Ela meio com medo dele arranhá-la, pegou uma toalha e colocou na direção onde ele iria sair e tornou a chamá-lo...O pobrezinho deu um pulo e desceu apavorado ! Ela com jeito o segurou, abriu a porta e colocou-o no chão e...Foi-se embora, o gatinho de lá de cima. D. Flor acha que ele aprendeu a lição, nunca mais voltou.

           Dora Duarte.
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