Coisas de Criança

Coisas de Criança é...Brincar

Coisas de Criança é...Brincar
Contos, poesias,brincadeiras tradicionais, cantos e cantigas de roda, para gente miúda e graúda, desde que deixe a criança que existe em você se soltar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Menina do Vento


Menina do Vento
Sofre desalento
  Desaprendeu a chorar     
Esquece como sorrir
  De rostinho tristonho 
Sem brilho, sem brincos 
Sem pinturas
Menina do vento
 Flor assoprada 
Despetalada 
Por mãos assassinas
            Dora Duarte

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A MENINA E O VELEIRO AZUL


                                                      
                                                                     (conto infantil)
Era uma vez uma menina, filha de um pescador. Apesar da maior parte do tempo, ficar com sua mãe naquela pequena Aldeia, ela era mais apegada com o pai, por ficar muito tempo ausente.
Quando o pai estava em casa, brincava muito com ela. Dias de chuva quando não podia ir pescar no seu Veleiro Azul em alto mar, passava boa parte do tempo brincando com a filha, fazendo seus gostos. Enquanto fazia barquinho de papel , ele cantava para filha :
 
Mandei fazer um barquinho/
     De papel de papelão/
Pra mandar pro meu benzinho/
Dentro vai meu coração.
E a menina pedia:        canta mais papai!
Ele repetia... Depois que terminava de fazer o barquinho, falava para  filha para ficar na janela, para ver o barquinho vir na enxurrada da rua.

Lá se vai o papai, sem se importar com a chuva e trovoadas, se molhar, para fazer alegria da filhinha ver, o barquinho passar diante da sua janela.

A menina aplaudia com entusiasmo e pedia: Mais uma vez papai!

Assim ele repetia várias vezes até propositalmente deixar o barquinho ir embora nas águas.
Depois molhado entrava em casa tomava um banho... Roupas secas, abraçava e beijava a filha com muito amor.
Certo dia, o pai saiu no Veleiro Azul como de costume para a pescaria. De repente caiu uma tempestade com ventania. A tarde caiu, a noite chegou e nada do seu pai voltar. A menina chorava, sua mãe também ,mas tentava assim mesmo  consolar  a filhinha.

No dia seguinte, ainda chorando, secou as lágrimas teve uma idéia de chamar o povo da Aldeia, numa corrente de muita fé para cantar uma cantiga do Veleiro Azul que ela aprendera um dia ouvindo alguém cantar...Quem sabe o seu papai voltaria com os poderes de Deus, assim fez...
A praia ficou lotada , ela puxou a canção e o povo em seguida cantava...

 
Minha gente cantar junto/
      Pro Veleiro Azul voltar
     Ele foi há muito tempo
Perdeu-se em alto mar/
Papaizinho foi com ele/
Mamãe ficou a chorar/
Minha gente canta junto/
Pro Veleiro Azul voltar...
Repetiram em coro por várias vezes como se fosse uma prece...

E não é que de longe a menina viu um pontinho azul brilhando em alto mar? De tom mais claro que as águas azuladas do mar. Ela não se conteve de alegria e gritou:

Lá vem papai, vivaaaaaa!
Foram muitos abraços e agradecimentos. Ele contou que devido a tempestade, ancorou numa ilha e dormiu num casebre de abrigo para pescadores.
Naquela Aldeia alegria voltou a reinar.
Considerações:
(Letras e músicas são das novelas infantis da antiga extinta TV Excelsior, canal 9
“A pequena órfã” e “A menina do veleiro azul”
Adaptados à historinha.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


                                    A PEQUENA ANGELIS

Era uma vez, uma menina de quatro aninhos apenas, chamada Angelis, tinha os cabelos dourados que brilhavam como ouro ao reluzir do sol, a carinha de anjo igual boneca de porcelana.

 Quando ia á praia com a sua mãe, adorava apanhar conchinhas  no seu baldinho de brinquedo.


           A mãe muito cuidadosa sempre alertando: _ cuidado filhinha não vá tão longe!
 E ela: -tá mamãe!
E a mãe deitada tomando sol com os olhos fechado vez em quando abria pra ver a Angelis
 De repente, a menina sumiu assim sem mais nem menos. Ela andou tão rápida apanhando conchinhas, que já estava um pouco afastada da mãe. Numa certa altura da praia, a menina com medo de uma onda forte e grande, correu assustada  e escondeu-se no meio da vegetação.
 Por outro lado, a mãe desesperada procurou um guarda-vidas...

 Então a menina começou á chorar e no meio dos soluços a pequenina ouviu uma voz que vinha do mar como um canto de uma sereia, ao mesmo tempo parecia a voz da sua mãe. dizia-lhe: _ não tenhas medo, saia daí se não a tua mãe e nem ninguém vai te achar!
 Apesar da menina assustada com tudo aquilo, parou de chorar e saiu correndo, largando o seu baldinho cheios de conchinhas para trás.  Finalmente encontrou a mãe abraçou-a dizendo-lhe: fiquei com medo mamãe não  vou fazer mais  isto ta?

 Agora busca meu baldinho !.
 A mãe feliz da vida abraçou e beijou a filhinha e disse-lhe:
          -Tá meu amor.
                  Dora Duarte




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